Um beijo, setembro.

Setembro é, sem dúvida, um mês muito especial para mim, cheio de significados.

Em setembro de 2003, eu uma estudante de engenharia de 22 anos, com uma cor linda de quem ia à praia todo fim de semana e um corpo de quem ia à academia todos os dias, quando fiz uma viagem pela faculdade para conhecermos as hidrelétricas do Sul do país. Foi justamente nessa viagem que olhei para o Diego com outros olhos, um moleque de 21 anos, inteligente, sem cabelos brancos e um corpo de quem malhava sinistramente todos os dias da vida há muito tempo. Me interessei e ficamos. Desde então, estamos juntos, completando 14 anos de namoro.

Num feriado de setembro em 2007, fui do Rio para Campina Grande na Paraíba, onde o Diego morava na época. Eu uma mestranda (existe essa palavra?) em Engenharia numa renomada universidade e ele gerente de loja de uma das principais varejistas do país, consequência de um processo de trainee super concorrido que ele passou (cabeçudo desde essa época). A viagem era para tomar uma decisão em relação a nós. Ou mudávamos a maneira de namorar à distância ou terminávamos. Mal sabia eu que ele já tinha tomado uma decisão: a de me pedir em casamento. Antes disso,  uma confissão (bombástica) de tudo o que ele havia feito até então e do que eu também havia feito. Muitas lágrimas, confissões feitas, pela graça de Deus perdão liberado, estávamos de aliança no dedo. 5 meses depois estávamos casados.

Era manhã de 4 setembro de 2012, estava eu com 31 anos,  20 quilos acima do meu peso normal, com barriga, tornozelos e nariz prestes a explodir, Diego com mais cabelos brancos e um iniciante no mundo das corridas, quando chegávamos ao hospital com 40 semanas para dar à luz ao meu primogênito. Davi nasceu super saudável, peso e tamanhos normais, com muito cabelo, nos transformando em pais e nos fazendo experimentar o milagre de um nascimento e um dos maiores presentes que Deus nos deu.

Outra manhã de setembro, em 2015, 10 dias depois do aniversário do Davi, voltávamos ao mesmo hospital, eu com 34 anos, apenas 6 quilos acima do peso inicial da gravidez, Diego com 33 anos e muitos, mas muitos cabelos brancos e um atleta que treinava para uma maratona, eu uma consultora e ele um executivo do varejo. Nascia a minha menina, Fernanda, num parto com uma pequena intercorrência, mas saudável e também com muito cabelo. Experimentávamos novamente a alegria de um nascimento, a graça de Deus sobre nós e passávamos a ser pais de dois, ganhávamos mais um lindo presente.

É ou não um mês lindo e cheio de razões para eu comemorar toda vez que ele passa?

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