A saudade que habita em mim

A vida me apresentou a saudade quando eu ainda era uma menina, tinha 9 anos quando nos mudávamos de Manaus para o Rio. A família, minhas amiguinhas, a antiga escola despertaram em mim um sentimento que até então não conhecia. Sentia muita falta deles.

Os anos foram passando e durante algum tempo eu namorei um menino que morava em Manaus, nos encontrávamos nas férias e nos falávamos toda semana, alem das cartas (que denunciarão a minha idade, porque naquela época a internet era muita novidade e eu nem tinha). Conhecia aí outro tipo de saudade.

Meus pais se separaram e novamente eu era apresentada a outra saudade, saudade de mãe, porque a minha foi morar em Manaus e eu tive aprender a conviver com isso sendo a minha nova vida.

Com a chegada da faculdade, eu sentia saudade do convívio diário com meus amigos da escolas e com a formatura da faculdade o mesmo sentimento se deu com os amigos feitos na Engenharia.

Passei mais da metade do meu namoro morrendo de saudade do Diego, porque ele morava e trabalhava em outra cidade, enquanto eu continuava no Rio.

Casei e sem eu querer e sem planejar me mudei para São Paulo e com isso carrego em mim uma saudade constante do meu pai, da minha irmã e agora da minha sobrinha. Saudade da praia, do cheiro de maresia, dos meus amigos de lá, da simplicidade quase displicente (e irritante às vezes) do carioca. Apesar do caos que se encontra o Rio de Janeiro, sinto saudade dele, talvez de um Rio que nem existe hoje, mas o que eu deixei há 10 anos.

Sei que sentir saudade será sempre uma realidade do meu coração, sempre fui assim, meio nostálgica. Às vezes dói, às vezes eu choro como aconteceu dia desses pelos corredores do aeroporto. Mas sinal de que tenho coisa boa para lembrar e gente muito querida por ai. Sigamos em frente.

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