O que é combinado comigo mesma

Para me organizar, estabeleci algumas regras para mim, para garantir o bom funcionamento da casa e sem que isso me custe tanto. Não consigo segui-las 100% das vezes, mas sempre que faço conforme o combinado comigo mesma, dá mais certo no final.

Compras: tenho uma lista de compras padrão, feita no computador  e já com algumas cópias impressas. A lista contém todos os itens de consumo da minha casa, separados por categoria (café da manhã, limpeza, frutas e legumes, higiene pessoal, etc). Toda vez que vou ao mercado, pego uma lista em branco, verifico todos os itens e vou marcando a quantidade que preciso comprar. A frequência de ir ao mercado não é certa, vou quando preciso fazer compras de produto de limpeza e daí vou abastecendo as outras áreas. Como fazer compras maiores é mais difícil para mim, tenho comprado os produtos com folga para 2 meses, os de limpeza principalmente.

Para os itens do Davi, tenho sempre reservas em casa, porque quando a escola pede não gosto de ter que sair para comprar no meio da semana. Então, sempre tenho a mais, isso vale para quase tudo dele: fraldas, leite, shampoo, sabonete, pomada, algodão.

Cozinha: não deixar louças na pia. Só isso já é suficiente para dar uma sensação de que está tudo sob controle. Mesmo com preguiça, procuro lavar a louça antes de dormir, acho chato acordar para o café da manhã com aquela louça do jantar na pia. Sempre tento!

Quarto: o mesmo princípio da pia, só que com a cama. Mantê-la sempre arrumada parece que o quarto está todo arrumado. Meu criado mudo também ficava com mil coisinhas em cima e sempre derrubava tudo quando ia apoiar meus óculos antes de dormir. Coloquei tudo dentro de uma caixinha de bombons que forrei com um tecido. A outra premissa é deixar só o chinelo do lado de fora da sapateira.

Brinquedos do Davi: é verdade que com criança sempre terão brinquedos espalhados pela casa. Tem brinquedinho do Davi na cozinha, no meu criado mudo, na sala e até na minha bolsa. Mas isso não significa que todos os brinquedos estejam fora do lugar. Enquanto ele está brincando, fica realmente o caos na terra, mas depois, que sei que ele não vai mais brincar, guardo tudo. Enquanto o lugar que ele brinca for a sala da minha casa, acho que vai ser assim, porque tenho um pouco de aflição de querer sentar no sofá e ter que ir chutando os brinquedos.

Revistas: Diego inventou de assinar revistas, 1 semanal e outra mensal. A semanal, como as noticias são temporais, vou jogando fora. Guardo 5 e jogo 5 no lixo. E no fim do ano, todas irão ao lixo, certamente. A que mostra os programas da cidade só guardo a da última semana. Guardo as minhas revistas de decoração e as de corrida do Diego, porque essas sempre volto para olhar. E as mensais vou guardando, mas no fim do ano também jogarei fora.

Correspondência/contas: todas vão para um porta correspondência bem fofo, em formato de envelope. Antes de guardar, já jogo fora tudo que é inútil. Isso funcionou bem, pois antes ficavam no móvel da sala, jogadas, e acabávamos perdendo o controle.

Listas de tarefas do dia a dia: vou listando tudo o que preciso fazer na vida, desde “lixar  a unha“ até “pagar escola do Davi”. E para cada dia, escolho 5 tarefas a serem executadas, de acordo com a prioridade. 5 parece pouco, mas há dias em que não consigo fazer e há outros em que faço tudo e aí puxo outras que não estavam na prioridade, caso haja tempo. A ideia de separar algumas é muito boa e faz a lista funcionar, porque quando não priorizamos, vamos fazendo as coisas da lista que são mais fáceis e mais legais e não necessariamente as mais importantes. E por ser pouco e urgente, executamos e não fica a sensação de frustração por não conseguir caminhar. Aprendi isso num livro, indicado pela Thais, do Vida Organizada e achei bem legal.

Antes de dormir: procuro guardar o que está espalhado ou jogar no lixo, principalmente o que está na sala. Não é uma faxina, é só pra manter mesmo, uma coisa bem rápida. A orientação é que a gente gaste só 15 min mesmo nessa atividade.

Próximas regras a serem incluídas: planejamento de um cardápio semanal ou mensal, planejamento de coisas de lazer legais para fazer no mês, rotina para lavar as roupas.

Tentando ser organizada

A organização não veio no meu DNA, não é da minha natureza mesmo, mas assim que cheguei em SP vi que se não tentasse melhorar nessa área ia ficar insustentável. Quando chegamos aqui, morávamos num apartamento de 49 m2. Ou seja, eu era obrigada a manter a ordem e principalmente, não guardar coisas inúteis, o que para mim é muito fácil.

Comecei a ler algumas coisas na internet e melhorei bastante, foi nessa época que começou a minha fixação por caixas, já descritas aqui. Mas, depois que eu conheci o blog Vida Organizada, realmente aprendi muitas coisas. A Thais, dona do blog, dá muitas dicas, coisas factíveis, uma vez que ela é uma mulher normal como eu, com filho, marido, trabalha fora e não é rica. Aplico muitas coisas do que ela compartilha lá, outras acho que não fazem sentido para mim, mas gosto muito. Leio sempre e recomendo! Li tudo enquanto estava de licença, foi ótimo.

O principal é que tentar ser organizada me permite não perder tempo, ou melhor, aproveitar melhor o meu tempo. Com todas as coisas, até as mais simples e que nos irritam no dia a dia, por exemplo: se minha bolsa for muito bagunçada, vou levar algum tempo para achar a chave de casa. Ou até o extremo, se o armário for muito bagunçado, toda vez que pegar uma roupa vou ter que passar antes de usar. Ambos acontecem comigo, a bolsa tenho mais dificuldade, mesmo tendo mil necessaires, o armário tento me policiar ao máximo, mas também é difícil para mim.

Depois que Davi nasceu, a necessidade de aproveitar o tempo da melhor maneira se tornou ainda mais necessária e eu fui me adaptando à nova rotina, com algumas coisas que aprendi com a Thais, do Vida Organizada.

Tem outro ponto, uma casa muito bagunçada me dá angústia, dá uma impressão de que está tudo descontrolado. Não precisa ser aquela casa de revista, onde nem parece que mora alguém, mas tudo zoneado não dá. Aquela sensação de que se chegar alguma visita de surpresa, ela não vai querer entrar quando abrir a porta, me dá nervoso. Tento, ao longo da semana, manter um mínimo de ordem, eu disse um mínimo, aquilo que para mim é sustentável. E outra pessoa mora na minha casa, meu marido! Ele é muito organizado, guarda tudo no lugar, nunca deixa as coisas espalhadas, o que já ajuda bastante. Então, acho que chegar em casa do trabalho e ver tua mulher em casa e a casa impraticável, é chato. Isso também é outra coisa que me motiva a manter a mínima ordem, uma vez que, na minha opinião, essa é uma responsabilidade minha.

Isso tudo é bem bacana de escrever e ler, mas na prática quando todas as coisas acontecem ao mesmo tempo, arroz no fogo, Excel rodando planilha e criança chorando no berço, ser uma pessoa organizada não é tão simples. Eu preciso de disciplina e adoto algumas práticas que comigo funcionam e me ajudam. Na verdade, isso tudo era a introdução para falar de como me organizo, mas acabei falando demais, então vou ter que falar depois…

Eu amo caixas

Não sou uma pessoa muito organizada, quando era mais nova , meu pai entrava no meu quarto e dizia “Esse quarto de vocês é uma zorra!!” ou “Isso nem parece quarto de menina!”. Bem verdade que há uma boa parcela de contribuição da minha irmã, mas confesso que organização nunca foi meu forte.

Quando descobri os blogs sobre decoração, casa, organização vi que poderia melhorar minha situação usando as caixas e desde então sempre estou comprando umas aqui para casa. Compro na Etna, Tok Stok, lojinhas de 1,99, supermercado, às vezes compro sem saber o que vou colocar dentro, mas assim que ela chega em casa já tem destino certo.

Alguns exemplos do que tem aqui em casa: (nenhum incentivo ou apologia aos produtos que aparecem nas fotos)

Caixa 1: ganhei de uma amiga quando eu ainda estava na faculdade, a tampa é totalmente feminina, mas aproveitei só a parte de baixo para colocar os remedinhos de uso diário do Davi. Ficavam todos espalhados em cima da cômoda e estava me deixando meio nervosa, dando a impressão de estar tudo bagunçado. Ele tem só 2 meses mas já juntou um monte de remédio: os do refluxo, da cólica (que quase não tem tomado), uma vitamina, o rinosoro e as pomadas de assadura.

Caixa 2: é da Etna, comprei pelo site e coloco os produtos de higiene. Fica dentro da cômoda dele.

Caixa 3: foi a Carol que me deu um presente para o Davi nela, achei tão bonita e guardei. Com a quantidade de remédio, tnha que dar um destino para a embalagem deles que também estavam jogadas numa prateleira da cômoda. Agora coloco todas dentro dessa caixa.

Caixa 4: uma cestinha que comprei numa lojinha no Rio eu acho, coloco miniaturas de sabonete e frascos de shampoo.

Caixa 5: uma cestinha da Tok Stok que ponho os sabonetes e as pastas de dente.

Caixa 6: a da direita eu mesma fiz, pintei e colei umas figurinhas de tema Primeiros Socorros e a menorzinha, vermelha, eu ganhei da Carol (outra Carol), acho que tinha um pão de mel dentro. Ambas coloco remédios, na menor ponho aquelas cartelinhas de comprimidos avulsas.

Caixa 7: também da Etna onde guardo os shampoos, protetor solar, creme de cabelo e produtos da lente. Essas da Etna compro tudo pelo site.

Todas ficam no armário do banheiro.

Caixa 8: comprei na Kalunga, são aquelas caixas grandes de plástico. Essa fica no escritório com pastas com documentos, contas desse ano, do ano passado.

Caixa 9: ambas guardo minhas coisas de papelaria: adesivos, envelopes, lápis de cor, tesouras, bloquinho, etiquetas, fitas, etc. Tenho 2 das transparentes, que comprei na Kalunga também e a florida é uma caixa de sapato que eu forrei. Tenho outra igual forrada também.

Caixa 10: são aquelas cestinhas de pláticos que têm vários tamanhos e cores. Aqui elas servem para guardar as pipocas e outros envelopes e sachês pequenos que ainda não estão em uso e ficam no armário; guardar os detergentes, esponjas e paninhos que também ainda não estão em uso e ficam na área de serviço; guardar os sachês de temperos que já estão em uso e guardar as canetas e lápis na gaveta do escritório. Essas eu compro em supermercado, lojinhas de bairro. Vendem em qualquer lugar.

Caixa 11: são duas cestinhas que eu também comprei em supermercado, uma guardo as caixas de chá em uso e fechadas e a outra guardo alguns mantimentos que ainda não estão em uso.

Desse jeito, consigo destinar um lugar específico paras as coisas, dentro dos armários. Porque do contrário , eu simplesmente abro a porta e literalmente jogo em qualquer lugar. Tem dado certo por aqui e deixado a casa mais fofa.

A eterna listinha

Precisando colocar meu carro para lavar, fechar algumas muitas coisas da festinha do Davi, cortar meu cabelo, fazer minha unha, comprar algumas roupas para trabalhar, retomar minha devocional diária, voltar a fazer uma atividade física, forrar umas caixas e separar um delas para guardar os brinquedos do Davi, organizar os armários do banheiro, arrumar meus casacos, comprar um sofá-cama, colocar o tapete da sala para lavar, separar as roupas do Davi que não cabem mais nele, fazer uma limpa nas revistas e jogá-las fora, comprar presentes de aniversário atrasados,  revelar umas fotos,  marcar dermato e oftalmo, comprar lentes novas, fazer comida do Davi para levar pro Rio, fazer lista da viagem ao Rio, atualizar minha planilha de despesas, arrumar a despensa de comida e material de limpeza.

Minha lista de coisas a fazer e que é atualizada constantemente na minha cabeça e no papel, alguns itens estão nela há séculos, não consigo dar baixa, por falta de disciplina, de planejamento ou falta de tempo.  Na verdade, alguns desses itens nem coloco no papel, por enquanto, para não me frustrar ainda mais, pois sei que vou demorar tanto para executar, que vai até desanimar. Marcar os médicos fazem parte desse grupo! Grave né? Então, vou listando o que realmente é necessário fazer. Não sobra muito tempo, incrível, mas não sobra mesmo. Com um bebê em casa e um marido que trabalha muito e no restante do tempo estuda, está bem complicado ir riscando os itens da minha listinha. Tenho mais acrescentado do que tirado.

Além de resolver minha lista, tenho que ir ao trabalho, à Igreja, dormir e ficar à toa. Só que, por enquanto, o dormir e o ficar à toa tenho adiado para sei lá quando…

Essa semana, lendo um blog que me ajuda muito, em ser mais organizada e planejada, decidi, pela milésima vez, me planejar melhor. Ou melhor, me planejar. Consigo ajudar grandes empresas a fazer isso com o meu trabalho, não é possível que não consiga fazer com a minha simples (e linda!) vida.

As mágicas da Maria

Toda terça feira quando eu entro em casa é a mesma sequência: abro a porta, dou um sorrisinho e penso, às vezes falo sozinha, “Deus, obrigada pela Maria! De verdade, é isso que acontece. Entrar em casa e ver tudo com um cheirinho bom, tudo arrumado simetricamente, a pilha de roupa passada em cima da cama, me dá uma paz indescritível. E é por isso que eu agradeço.

Na verdade, ela é meio mágica, porque parte da mágica eu sei fazer, mas nunca sai tão perfeitinho. Não sei como ela consegue, fica tudo esticadinho, bem branquinho, todos os fios de cabelo espalhados pela casa somem. A geladeira toda organizada e limpa. O banheiro tudo no lugar, cheirosinho e as toalhas parecem que moravam dentro do amaciante. As correspondências empilhadas, as revistas no lugar, o meu chinelo no armário, o lixo vazio, as roupas bem passadas, meu criado mudo com tudo organizado, o fogão brilhando e com a tampa fechada. Sem louça na pia nem no escorredor.Tudo o que está espalhado na bancada da cozinha, guardado na caixa onde deveria. Todas as roupas de corrida do meu marido, que ele ainda não tinha dado um jeito, lavadas e estendidas. E aquilo que precisa comprar devidamente anotado numa folha de papel.

Claro que ela tem os vacilos dela, gasta muito produto, quebrou um copo e não me avisou e ainda disse que o copo era feio. Literalmente, engomou as camisas do Diego, que ficaram tão duras que tive que lavar tudo de novo. Mas ela é calminha, chega cedo, não é exigente, é legal comigo, cuida da minha casa de um jeito que me faz muito bem e até que me prove o contrário, é de confiança.

Acho que nem mesmo a Maria sabe o bem que ela me faz! E a paz que ela me traz… (rimou…)

“Mimos”

– Adoro a latinha que fica no meu banheiro e onde ponho um rolo de papel higiênico extra. Comprei num bazar quando estava no projeto em Vitória;

-Adoro minha última aquisição, a leiteira com as vaquinhas que comprei numa loja aqui na rua de casa.

– Adoro as velinhas do banheiro;

– Adoro meu manjericão que tem resistido bravamente às semanas em que passo em Londrina e ele fica sem água; já usei várias folhinhas para temperar as comidas;

– Adoro os ímãs de geladeria que trago dos lugares por onde a gente viaja;

– Adoro meu calendário by Jack Vartanian. Cada mês tem um desenho referente ao tema do mês, os desenhos inspirados em pedras. Julho o tema é inverno.

– Adoro minha cestinha onde guardo minhas miniaturas de shampoo, sabonetinhos e afins. Ela fica dentro do armário do meu banheiro.

– Adoro essas 2 fotos: uma de quando ainda nem namorávamos. Foi na viagem em que ficamos e esse foi o dia em que chegamos e Diego pediu para tirar essa foto comigo e eu pensei: “Nada a ver esse garoto querendo tirar foto…” Mas tirei. E 4,5 anos depois eu tiraria a mais bonita foto que temos juntos, no dia do casamento. A do casamento está na sala e a de antes do namoro no meu quarto;

 – Adoro minhas canecas compradas no supermercado Mambo;

– Adoro o DVD do Casuarina e do Los Hermanos;

– Adoro meu cobertor xadrez, companhia de ver televisão, comprado no Wall Mart ou Carrefour, não lembro agora;

– Adoro minha bíblia da APEC : “Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças”. É excelente, tenho ciúme dela e uso com todo cuidado.

-Adoro esse carrrinho com as flores e em cima do livro da Clarice Lispector, que tem a capa mais linda do mundo, ficou mais fofo ainda. (O livro se chama “Correio Feminino”)

A primeira sopa

“Queridas leitoras, hoje vamos conversasr sobre como preparar uma sopa bem gostosa para se aquecer nesses dias de inverno.” No mais estilo coluna de receitas, mas é verdade, vou contar sobre minha primeira sopa.

Eu gosto bastante de sopa, de caldos e cremes, mas nunca tinha feito e nem achava que seria capaz de fazer, aliás já estou de saco cheio dessa minha mania de achar que nunca sou capaz de nada. Mas isso é outra história. Voltando à sopa…só tomava sopa de saquinho, que não é a pior coisa do mundo, mas é uma vergonha para uma mulher moderna e dona de casa como eu, então há umas 2 semanas, no auge do frio paulista decidi que ia fazer uma sopa e entrei no blog Quitandoca que sempre tem umas receitas lindas. 

Fuxiquei tudo lá e saí mais ou menos com uma ideia na cabeça, anotei os legumes que eu deveria comprar e sai do trabalho e fui direto ao supermercado, na listinha tinha: beterraba, cenoura, cebola, batata baroa (ou mandioquinha para os paulistas), chuchu (com o único objetivo de fazer volume, porque sabor não é o forte do chuchu, né?) e brócolis. Impressionante como isso é barato!

As quantidades foram aleatórias, sai colocando da minha cabeça mesmo. Piquei tudo isso e joguei numa panela com cebola e alho que estavam fritando no azeite, fiquei fazendo isso só um pouquinho e depois coloquei água. Antes tinha dissolvido um caldo de carne nessa água. Claro que não sabia nada disso, esses passos fui seguindo pelo o que tinha lido no Quitandoca. Deixei cozinhando lá até ficar tudo muito mole, pois como ia bater no liquidificador não tinha problema ficar mole demais. Mas se não fosse bater, ia ter que ser diferente , pois cada legume tem um tempo de cozimento, isso eu já sabia! Fiz tudo isso numa panela comum, pois nunca usei  a de pressão. Tenho medinho…E é isso mesmo, não rola feijão aqui em casa ainda…

Depois de cozidos, fui batendo os legumes com a água onde eles ferveram. Fiquei atenta a essa parte da água, pois se ficasse muito ralo não ia ter como consertar. Mas ficou bom e de sabor ficou perfeito. Coloquei pimenta do reino, noz moscada e umas folhinas de manjeiricão colhidas diretamente do vasinho que tenho na minha horta, ou melhor, na minha área de serviço.

Fiz umas torradinhas e comemos! Adoro quando consigo fazer alguma coisa na cozinha que eu gosto. E o principal cliente aqui de casa gostou  e esse era meu principal objetivo. Ele falou assim: “o Boteco da Amora está sempre inovando o cardápio!”

Lá em casa

1. Saladinha de entrada num jantar aí durante a semana. Os ingredientes da salada são os básicos alface, tomate e palmito, só que o tomate sendo o cereja fica outra cara, né? Para valorizar o jantar, uso os talheres verdes e um guardanapo diferente, como o com essa estampa de folhas.

2. Jogo americano inspirado nos jogos da década de 80! Adoro eles!! Daí como já são muito coloridos, uso o talher branco mesmo. Para acompanhar, refri para mim e cerveja para o Di, e azeite que vai com quase tudo aqui em casa. Estávamos esperando uma pizza.

3. Esses enfeites de Natal são meio americanizados, mas acho tão fofos. Comprei numa loja de decoração linda lá em Vitória, enquanto estava num projeto por lá.

4. Outra salada de entrada: tomate, rúcula e mussarela de búfala, que na prática estava com gosto de queijo minas. Os mesmos talheres verdes e um guardanapo branco, mas como o jantar era especial, usei aqueles que são maiores, para que desse para enrolar e colocar a fitinha em volta.

5. Esse era o prato principal da salada da foto 4. Eu e Diego achamos peito de frango bem sem graça, então quando faço, procuro incrementar com alguma coisa. Nesse dia fiz um molho de rúcula que achei na internet (a salada de entrada ter rúcula não é mera coincidência, e sim para otimizar os ingredientes) e misturei uns tomates no arroz, para ficar coloridinho. Depois enchi um potinho com o arroz, para que ficasse com a forma arredondada, usando o mesmo princípio que usávamos para fazer bolinhos de areia com aqueles brinquedinhos de praia.

6. AMO esse Pão de Açúcar! Na minha cor preferida como vocês já perceberam. Comprei numa loja no aeroporto Santos Dumont, enquanto estava num projeto lá no Rio esse ano.

7. Ganhei esse buquê de aniversário do Di, ele chegou junto com um perfume. Esse é bom porque nunca morre e ainda ajuda a decorar a casa.

8. Esse ursinho o Di ganhou num evento lá do trabalho dele, bem se vê que ele só trabalha com mulheres, porque nada a ver um homem ganhar esse bichinho. Mas eu gostei (também tinham outros presentes como um livro e um jogo, menos mal…). As bolas eu comprei num bazar e a cesta dourada linda comprei na loja de decoração lá em Vitória. Ano que vem minha casa terá um presépio, queria um de playmobil igual ao da Bela!

O primeiro feijão

Tirei 10 dias de férias e cai na besteira de tirar o ciso, eram os 2 últimos, pelo menos isso. O de cima foi super tranquilo, levou sem exageros 2 minutos para tirar, mas o de baixo demorou mais e minha bochecha está meio inchada ate agora. Sou super mole com essas coisas de dentista, tenho medo de flúor se bobear…

Mas quando se está nessas condições não dá para comer direito, fiquei aquele primeiro dia no sorvete e iogurte, o segundo com purê de batata e carne moída e o terceiro macarrãozinho. O macarrãozinho rolou um outro dia também. No domingo, almocei na rua e comi arroz com feijão e um mini bifinho, apesar de eu poder é chato mastigar só de um lado….O feijão estava muito bom, muito mesmo, gosto de feijão de casa, tão bom que me animei a fazer hoje. Nunca tinha feito e comer de novo macarrão não ia rolar. Passamos no mercado ontem depois do culto e entre as coisinhas que faltavam, inclui um pacote de feijão escolhido de forma totalmente aleatória, uma vez que não sei quais os critérios para se escolher o feijão. Usei apenas um critério: o feijão tem de ser novo e como aqui em SP o pessoal come  o feijão marrom, comprei o marrom, pois como ele sai mais, deve ser mais novo na prateleira. Meu pai que me ensinou assim, certo ou não foi a única coisa que lembrei na hora.

Cheguei em casa e deixei o feijão de molho, outra técnica aprendida na observação. Como não ia usar a panela de pressão (uma coisa de cada vez…), diz a lenda que deixando de molho ele fica mais macio no dia seguinte. Coloquei em uma panelinha pequena, afinal só ia ficar de molho. Diego olhou para o fogão e perguntou “Você pretende fazer o feijão assim?” Óbvio que não, posso não saber cozinhar, mas até um bebê saberia que ali não ia dar para cozinhar. Como estávamos meio brigados, respondi um educado: “Não, só está de molho.”

Liguei para o meu pai e perguntei como ele fazia e como se dava a mágica de a água se transformar em um suculento caldo. Ele me explicou tudinho e no dia seguinte quando acordasse ia fazer. Bom, meu pai me acordou pouco antes das 10h querendo saber como estava o processo. A cara do meu pai perguntar isso com tanta antecedência, porque eu nem tinha levantado ainda. Comecei os preparativos depois que tomei café, depois que levei 2 horas para mastigar 2 fatias de pão de forma.

Refoguei o que tinha que refogar e coloquei a água e fiquei observando durante todo o tempo, colocando mais água e verficando se ainda estava duro. Ainda incrementei com um bacon, apesar de pesar minha consciência e eu sempre tirar do prato, coloquei porque tudo com bacon fica bom. Demorou muito! Caramba! Segundo meu orientador-pai, o feijão devia ser um pouco velho, me deu o nome de uma marca lá que ele costuma comprar. Mas o resultado foi que a cozinha foi invadida por aquele cheirinho delicioso de feijão cozinhando, cheiro de casa que tem comida fresquinha. O caldo não ficou tão suculento, ficou mais ralo do que eu gostaria, mas ficou muito bom de gosto e para a primeira vez aprovei o meu feito.

Tem algumas outras pedidas que estão na lista, pedidas minhas mesmo, tipo caldo verde e sopa de ervilha. São da mesma família do feijão, quem sabe também não me dou bem…

Fim de semana + frio = sofá

Nem sempre consigo fechar a equação que abre esse texto, mas neste fim de semana consegui. Sábado o tempo começou a esfriar aqui em São Paulo e eu e Diego optamos por assistir um filme em casa mesmo, eu tinha sugerido irmos ao cinema, mas depois de passar o dia inteirinho na rua desde às 10h da manhã, estava mais a fim era de ficar em casa mesmo. Eu exigi que eu mesma escolhesse o filme, um dos que têm lá em casa e vimos “A Sogra”, que cumpre o objetivo a que se propõe: bobo e engraçadinho, mas foi legal vermos, deu pra divertir e descansar a mente.

No domingo, depois de visitar o 2º apartamento do fim de semana, voltamos pra casa e colocamos o pijama, ainda dava tempo de tirar um cochilo antes de ir ao culto da noite (que foi uma bênção, o pastor mandou muito bem ontem, o cara foi muito usado por Deus mesmo). Mas quando eu já estava deitada, decidi ficar jogada no sofá ao invés de na minha cama, primeiro porque queria ver TV e não tenho no meu quarto, segundo porque ando com uma dor na coluna chatíssima e o sofá ia ser melhor pra mim. Não podia ter feito melhor escolha, porque era exatamente na hora em que estava reprisando GNT Fashion e Tamanho Único, que são dois programas que eu gosto de ver, o GNT Fashion depende do tema, mas o outro sempre. E pra espantar o frio, fiz um chá bem quentinho  e fiquei com minha canequinha em frente a TV como não fazia há séculos.

Para completar a tarde, de lanche fiz torradas de pão de forma no forno com manteiga, que incrementamos com queijo minas e geléia de amora. Ai, só o cheirinho que fica na casa já vale à pena. Cheiro de lanche que minha mãe fazia.

Precisamos de tão pouco pra ser feliz, né? Pena que a gente é tão cego para perceber isso com mais freqüência.